Não há mais chance de fugir do estudo de outros idiomas. Descubra a melhor forma de fazer isso
Por Elisa Campos
If you can’t understand this, you are in trouble. Se o inglês já pôde ser considerado um diferencial no mercado de trabalho, este tempo acabou. Lição número um para quem deseja construir uma carreira dentro do ambiente corporativo: seja fluente na língua de Barack Obama e John Lennon.
Estima-se
que a língua inglesa seja falada por pelo menos 500 milhões de pessoas,
com esse número podendo chegar a 1,8 bilhão. Mais importante do que
isso: a língua universal dos negócios é inegavelmente o inglês. Para
trabalhar em uma grande empresa, o idioma virou um pré-requisito
demandado em todos os processos seletivos, dos trainees aos executivos
top. “Quase 100% dos cargos gerenciais e executivos exigem hoje a
fluência do inglês”, afirma Claus Blau, consultor sênior da Korn/Ferry International.
O
motivo é muito simples: os profissionais de hoje usam o inglês no seu
cotidiano de trabalho e não mais esporadicamente como acontecia. “É
muito comum em multinacionais um profissional ter dois chefes, um aqui e
outro na matriz. Ele terá que se comunicar com o de fora em inglês.
Terá também que resolver várias coisas por e-mail, em inglês. Atender o
telefone, em inglês. Sem o idioma, ele simplesmente não conseguirá fazer
seu trabalho”, afirma Sergio Monaco, consultor do Hay Group.
Além disso, o domínio da língua pode sempre facilitar a conquista de
uma vaga para trabalhar no exterior. “Ninguém vai ganhar mais por falar
inglês, mas portas serão fechadas se o profissional não tiver esse
conhecimento”.
Mas o quanto é preciso conhecer do inglês?
“O profissional precisa saber liderar uma reunião, fazer apresentações e
dominar todos os aspectos do cotidiano profissional”, diz Rolf
Goldberg, sócio da consultoria de idiomas Paradigm Language Support. Ou seja, é preciso falar e falar bem.
A vida não é mais fácil para quem está começando a carreira. “Processos bem concorridos como de empresas como Natura e Procter & Gamble
barram os candidatos que não falam inglês, inclusive, em alguns casos
são realizadas algumas entrevistas em inglês durante a seleção”, diz Ho
Mien Mien, diretora da Outliers, escola de idiomas voltada ao ensino de línguas para uso no ambiente corporativo.
Inglês dominado, e agora?
Depois de alcançar a fluência no inglês, é hora de investir no espanhol. Com a internacionalização das empresas brasileiras, especialmente na América Latina, falar a língua passou a ser uma vantagem dentro das companhias. Mas não se engane, a exigência pelo espanhol já é de fato bem menor. “Das cinco vagas executivas que tenho para preencher no momento, com salários acima de R$ 15 mil, quatro exigem o inglês e apenas uma exige espanhol, sendo que esta também exige o inglês”, conta Jaqueline Souza, consultora de RH da Gelre. Portanto, a preocupação prioritária realmente precisa ser o inglês.
Depois de alcançar a fluência no inglês, é hora de investir no espanhol. Com a internacionalização das empresas brasileiras, especialmente na América Latina, falar a língua passou a ser uma vantagem dentro das companhias. Mas não se engane, a exigência pelo espanhol já é de fato bem menor. “Das cinco vagas executivas que tenho para preencher no momento, com salários acima de R$ 15 mil, quatro exigem o inglês e apenas uma exige espanhol, sendo que esta também exige o inglês”, conta Jaqueline Souza, consultora de RH da Gelre. Portanto, a preocupação prioritária realmente precisa ser o inglês.
Se
você é um amante de línguas e já sabe falar bem o inglês e o espanhol, é
bom saber que depois desses dois idiomas não há uma língua preferida de
forma geral pelas empresas brasileiras que possa garantir um empurrão
em sua carreira. Caso você tenha interesse em continuar estudando
idiomas, o seu próximo passo dependerá muito de sua situação
profissional.
Em empresas multinacionais, dominar o
idioma da matriz pode ser vantajoso, até mesmo para estabelecer um
relacionamento mais íntimo com executivos de fora. “Empresas francesas
gostam que seus funcionários aprendam francês, assim como as italianas, o italiano”, diz Monaco, do Hay Group. Na Fiat, há treinamento de italiano, assim como no grupo Accor, de francês, por exemplo.
O Oriente em alta
Outra possibilidade a levar em consideração é o estudo do chinês. A economia da China cada vez mais irá influenciar o mundo dos negócios. “O estudo do mandarim, com a migração do poder de influência para o Oriente, pode ser uma boa opção para quem já domina o inglês e o espanhol”, afirma Blau, da Korn/Ferry.
Outra possibilidade a levar em consideração é o estudo do chinês. A economia da China cada vez mais irá influenciar o mundo dos negócios. “O estudo do mandarim, com a migração do poder de influência para o Oriente, pode ser uma boa opção para quem já domina o inglês e o espanhol”, afirma Blau, da Korn/Ferry.
Mas é bom começar a estudar agora
mesmo, porque saber falar chinês não é nada fácil. São pelo menos 3 anos
para atingir um nível intermediário e ser capaz de manter uma conversa
razoável com o interlocutor, segundo Ho Mien Mien, da Outliers. “A
gramática chinesa é muito fácil, mas a pronúncia realmente costuma ser
um problema”, diz ela.
Para se ter uma breve
ideia do tamanho do desafio, tenha em mente que no chinês não existe
passado ou futuro, não há conjugação de verbo, nem variação de gênero
(essa é a boa notícia). Por outro lado, existem cinco tons, ou seja, a
mesma palavra dita com entonações diferente, significam coisas
absolutamente distintas. Banana por exemplo pode ser facilmente
confundida com pé cheiroso. Melhor caprichar, não?
Experiência internacional
Mesmo que a fluência em uma ‘língua secundária’ possa não ser tão valorizada dentro das empresas, a maneira como você obteve sua fluência pode, sim, fazer grande diferença. “A experiência de morar fora do país, mais do que o domínio de uma língua estrangeira demonstra competência intercultural por parte profissional e flexibilidade, o que é muito valorizado dentro das companhias”, diz Blau, da Korn/Ferry. “A exposição a uma experiência internacional é cada vez mais importante num mundo globalizado”. Mas quando ir e quanto tempo ficar?
Mesmo que a fluência em uma ‘língua secundária’ possa não ser tão valorizada dentro das empresas, a maneira como você obteve sua fluência pode, sim, fazer grande diferença. “A experiência de morar fora do país, mais do que o domínio de uma língua estrangeira demonstra competência intercultural por parte profissional e flexibilidade, o que é muito valorizado dentro das companhias”, diz Blau, da Korn/Ferry. “A exposição a uma experiência internacional é cada vez mais importante num mundo globalizado”. Mas quando ir e quanto tempo ficar?
Quando? O
mais cedo possível. “O ideal é fazer essa imersão antes de entrar no
mercado de trabalho. Depois as coisas complicam. Ou o profissional acaba
precisando pedir uma licença não remunerada ou realmente se afastando
do mercado de trabalho”, afirma Monaco, do Hay Group.
E
por quanto tempo? “Fazer curso de línguas no exterior é uma ótima
experiência de aprendizado, mas ela deve durar no mínimo três meses.
Menos do que isso é capaz que ela não compense”, afirma Marilena
Fernandes, coordenadora do curso de adultos da Alumni. Com vontade de
fazer as malas?
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